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Subprojetos Fase I


Tarefa 1 - Utilização de estratégias de rega deficitária controlada (RDC) em Ameixeira japonesa.

Centro de Investigação La Orden-Valdesequera: Ana Isabel Martín Vertedor, Víctor Moreno Rendón y María José Moñino Espino.
Centro Operativo e de Tecnología de Regadío de Alentejo: Jorge Maia e Isaurindo Oliveira.
Coordenador do projeto ou investigador responsável: María José Moñino Espino (Centro de Investigação La Orden-Valdesequera) e Isaurindo Oliveira (Centro Operativo e de Tecnologia de Regadio de Alentejo).

Justificação 

A fruticultura é um sector muito dinâmico, tanto em superfície plantada como no investimento em recursos económicos e humanos. A ameixeira japonesa é uma das espécies frutíferas cultivadas nos regadios da Extremadura, em Espanha, e do Alentejo, em Portugal, que maior expansão tem alcançado nos últimos anos, devido à boa adaptação do cultivo em ambas as regiões e às boas perspetivas de mercado. A produção do cultivo a nível nacional representa 30% e 38% em Portugal e Espanha, respetivamente.
Um dos principais problemas deste cultivo é o excesso de vigor que interfere no rendimento produtivo e no custo e execução das operações de cultura.

O objetivo do projeto é a implantação de estratégias de rega deficitária controlada (RDC) para controlar o excesso de crescimento vegetativo das árvores, através da diminuição do fornecimento de água de rega em determinados estados fenológicos, sem afetar a produção e/ou qualidade da colheita nem a floração do ano seguinte.
Uma vez terminado o trabalho, dispor-se-á das ferramentas necessárias para apoiar a programação da atividade frutícola e facilitar-se-ão aos agricultores, extremenhos e alentejanos, recomendações de rega deficitária para a ameixeira japonesa, adaptadas a cada zona de cultura. A dose de rega será ajustada à longitude do ciclo de maduração, conseguindo uma ótima produção, um uso eficiente da água de rega e menores custos de cultivo.


Objetivos

A utilização de estratégias de RDC na ameixeira japonesa servirá tanto para uma melhor gestão e utilização dos recursos hídricos, como para controlar o crescimento vegetativo das árvores e diminuir assim alguns custos de cultivo, melhorando a eficiência no uso da água. Os objetivos são:

  1. Desenvolver estratégias de RDC que permitam reduzir o crescimento vegetativo de duas variedade de ameixeira japonesa com diferente longitude de ciclo,sem afetar a produção nem o estado da árvore.
  2. Avaliar a resposta produtiva de duas variedades de ameixeira japonesa com diferente longitude de ciclo à utilização de estratégias de RDC: durante a pós-colheita, numa variedade prematura, na Extremadura, e durante o endurecimento do caroço e pós-colheita numa variedade tardia, na Extremadura e no Alentejo.
  3. Preparar ferramentas de apoio para a tomada de decisões baseadas em informação climática e teledeteção.
  4. Desenvolver ações de transferência de tecnologia sobre o emprego de estratégias de RDC.
Tarefa 2 - Emprego de estratégias de Rega Deficitária Controlada (RDC) em milho. Aplicação do modelo CERES-Maize na gestão da rega e do fertilizante nitrogenado. Calibração do modelo.

Escola Superior Agrária de Beja do Instituto Politécnico de Beja (ESAB).
Coordenador do projeto ou investigador responsável: Ana Luísa Fernández (ESAB).

Justificação

O milho é um dos cultivos mais importantes na superfície agrícola nacional, ocupando em 2005 perto de 3% do total da área agrícola portuguesa. É um cultivo sensível, no que se refere à disponibilidade de água, pelo que as decisões dos agricultores quanto à gestão de rega são muitas vezes acima do necessário. Por outro lado, regar corretamente melhora a eficiência do fertilizante nitrogenado e reduz as perdas de nitrogénio por lixiviação.


A rápida descida dos recursos hídricos nas regiões áridas e semiáridas levaram, em vários países, ao estudo de estratégias de Rega Deficitária Controlada (RDC) aplicadas ao cultivo de milho, permitindo a economia da água e a manutenção da produção.

Nos últimos anos têm-se desenvolvido vários modelos de simulação para utilizar na agricultura, com diferentes níveis de complexidade. Destacam-se, pela sua importância, os modelos do International Benchmark Sites Network for Agrotechnology Transfer (IBSNAT), que foi um projeto internacional com sede na Universidade do Havai, com o objetivo de desenvolver um sistema de suporte para a decisão e transferência de tecnologia agrícola. Este sistema, chamado de Decision Support System for Agrotechnology Transfer (DSSAT), consta de bases de dados, modelos de simulação da produção de diferentes cultivos, entre os quais se encontra o milho, e de ferramentas de análises biofísicas e económicas. Além de ser útil para a previsão do rendimento dos cultivos, o conjunto dos programas do sistema DSSAT permite avaliar o uso do recurso natural e estimar o risco associado com diferentes práticas de cultura, principalmente a gestão da rega e a fertilização nitrogenada. Incluído na plataforma do programa DSSAT, integra-se o modelo CERES-Maize para a simulação do cultivo de milho.


Com este trabalho pretende-se estudar a aplicação do modelo CERES-Maize na previsão de estratégias RDC em milho no Alentejo, otimizando a eficiência do uso da água e controlando a fertilização nitrogenada. Desenvolver-se-ão ensaios em campo, que permitirão iniciar a calibração do modelo, o qual será complementado com os dados obtidos a partir da análise de imagens de satélite.



Objetivos

O objetivo é estudar o modelo CERES-Maize e iniciar a sua calibração em empresas agrícolas no Alentejo, propondo a sua aplicação na definição de estratégias de RDC em milho. Procurar-se-á otimizar a utilização dos recursos hídricos e do fertilizante nitrogenado, contribuindo para a preservação dos recursos hídricos naturais, reduzindo os custos do cultivo e melhorando a eficiência do uso da água. Com a calibração do modelo CERES-Maize e o desenvolvimento de estratégias de RDC em milho pretende-se a médio prazo.

  1. Desenvolver estratégias de RDC a nível regional, simuladas através do modelo CERES-Maize.
  2. Preparar ferramentas de apoio para a tomada de decisões baseadas na informação climática e na teledeteção.
  3. Realizar ações de transferência de tecnologia sobre o emprego de estratégias de RDC em milho.
  4. Desenvolver ferramentas de apoio para a tomada de decisões face à previsão de alterações climáticas.