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Durão Barroso: Sinais de retoma europeia são encorajadores para Portugal


Sexta Feira, 25 de outubro de 2013
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O presidente da Comissão Europeia considerou esta quinta-feira que os sinais da retoma da economia europeia, ainda que frágil, são encorajadores também para Portugal, pois os seus principais parceiros comerciais estão na Europa e o país precisa de investimento externo.

Falando à imprensa portuguesa no final do primeiro dia de trabalhos da cimeira de chefes de Estado e de Governo iniciada na quinta-feira em Bruxelas, José Manuel Durão Barroso apontou que, neste Conselho Europeu, a discussão já "não teve o dramatismo de outras discussões", quando a Europa estava "em situação de crise ou de emergência", sendo possível debater num cenário de uma progressiva recuperação da economia europeia, que, frisou, "interessa imenso a Portugal".
 
"Já não se está naquela atmosfera de crise, de emergência, mas está-se num ambiente de criação de condições sustentáveis para o crescimento e o emprego, e isso é que é importante para os nossos cidadãos", disse, apontando que os últimos dados já disponíveis do último trimestre relativamente à economia europeia "confirmam a tendência do segundo trimestre, ou seja, uma retoma progressiva, ainda tímida, ainda frágil, muito susceptível a quaisquer riscos, mas de qualquer maneira uma retoma da economia", que é uma boa notícia para os países mais vulneráveis, como Portugal.
 
"O próprio crescimento que se está agora a verificar na zona euro e na UE é muito importante, porque Portugal, apesar de ter conseguido nos últimos tempos, o que é óptimo, uma diversificação das suas exportações para outros mercados, como a China, como Angola, como o Brasil e outros, a verdade é que os principais parceiros de Portugal estão na Europa", salientou.
 
O presidente do executivo comunitário reforçou que a retoma "interessa imenso a Portugal, que tem de apostar no crescimento baseado nas exportações e também no investimento externo, porque a margem para o aumento da procura interna é relativamente limitada".
 
Na mesma ordem de ideais, defendeu que as conclusões do primeiro dia da cimeira, "interessam a Portugal, interessam aos países ditos mais vulneráveis", que beneficiarão do reforço da união bancária, assim como da prioridade que os líderes europeus decidiram dedicar à economia digital, como forma de estimular o crescimento e criar emprego, sobretudo para os jovens. "Muitos jovens andam à procura de emprego, e se há um sector na Europa onde há procura de profissionais é precisamente este, das tecnologias de informação, tudo o que tem a ver com a economia digital, com a informática (...) Os chefes de Estado e de Governo concordaram em dar a esta agenda a maior prioridade", salientou.
 
Portugal está representado na cimeira pelo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, que não prestou declarações após o primeiro dia de trabalhos, devendo fazê-lo após a conclusão do Conselho, esta sexta-feira à tarde.


Publicado em: Jornal de Negócios