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Empresas criam robôs para automatizar produção de energia solar


Segunda Feira, 28 de outubro de 2013
Innovação Tecnológica - Energias

Nos últimos anos, a indústria solar reduziu bastante os custos na construção de parques, especialmente através da redução do preço dos painéis solares em mais de 70 por cento desde 2008. Porém, a indústria tem vindo a procurar ganhos noutras áreas.

O negócio de montar painéis tem permanecido basicamente o mesmo ao longo dos anos. Num processo caro e trabalhoso que pode exigir centenas de mãos e milhões de parafusos, os trabalhadores limpam e nivelam o solo, trazem postes de metal e prendem os pesados módulos envoltos em vidro. Os projetos registam atrasos com frequência quando, por exemplo, são trazidos os parafusos errados.

Por isso, várias empresas estão a desenvolver ou a vender robôs para ajudar na instalação e limpeza, incluindo a suíça Serbot, com robôs que podem lavar as janelas de arranha-céus e limpar estruturas solares.

A empresa Alion Energy está a construir robôs para automatizar a instalação e manutenção de parques solares em grande escala. Nos próximos meses, as suas máquinas deverão ser usadas em três projetos na Califórnia, Arábia Saudita e China.

Se tudo correr bem, os executivos esperam ajudar a colocar o preço da eletricidade solar em linha como do gás natural, ao cortar os custos de construir e manter grandes instalações solares.

A californiana QBotix desenvolveu um robô que controla as operações de localização, movendo-se ao longo de uma instalação e inclinando os painéis para acompanhar o sol e maximizar a sua produção.

Obter até 40 por cento mais eletricidade de cada painel do que num sistema fixo, disse Wasiq Bokhari, presidente da empresa, permite que se construam sistemas menores e mais baratos para cumprir suas metas de produção de energia.

“O mercado solar é muito competitivo e as pessoas literalmente lutam por centavos por watt. Assim, ao permitir uma redução tão ampla nos custos totais da central, estamos a trazer um grande valor para o mercado”, explicou Bokhari. Os sistemas já estão instalados em cinco parques nos Estados Unidos e Japão, com mais programados para antes do final do ano.